PUT x PATCH : O que usar para atualizar API ?
Introdução
Na construção de APIs RESTful, dois métodos HTTP geram dúvidas constantes entre desenvolvedores: PUT e PATCH. Ambos são utilizados para atualizar dados, mas suas finalidades, implicações de desempenho e compatibilidade são diferentes. Neste artigo, vamos mergulhar nas principais distinções entre eles, desde o uso com fetch no JavaScript até dicas práticas e exemplos reais.
Qual a diferença entre PUT e PATCH no fetch?
O PUT é um método que substitui completamente o recurso existente por um novo. Ou seja, ao utilizá-lo, você precisa enviar todos os campos do objeto, mesmo os que não sofreram alteração. Já o PATCH é ideal para atualizações parciais, onde você envia apenas as informações que precisam ser modificadas.
Essas diferenças se refletem na prática ao usar o fetch no frontend. Enquanto o PUT exige o envio do corpo completo, o PATCH permite que você envie somente os dados modificados.
Tabela comparativa: PUT vs PATCH no fetch
Dicas práticas:
- Use PUT quando for reescrever completamente o objeto.
- Com PATCH, você evita enviar dados desnecessários e reduz o risco de sobrescrita indevida.
- Certifique-se de que a API backend oferece suporte correto aos dois métodos.
- Sempre verifique se o PUT não está apagando campos inadvertidamente.
Qual a diferença de desempenho entre PUT e PATCH?
Além do comportamento técnico, os dois métodos têm impactos distintos na performance da aplicação. O PATCH é mais leve, pois transmite apenas o que é essencial, o que economiza largura de banda e tempo de processamento. Já o PUT, por carregar o recurso completo, gera um payload maior e pode exigir mais validação no servidor.
Tabela de comparação de desempenho 
Dicas práticas:
- Prefira PATCH em dispositivos móveis ou conexões lentas.
- Use PUT somente quando a integridade total do recurso for necessária.
- Em sincronizações automáticas ou em lote, PATCH ajuda a evitar gargalos.
- Para grandes objetos JSON, PATCH reduz o tempo de serialização e parsing.
Existem outras diferenças importantes além do desempenho?
Sim, há também a semântica, compatibilidade e manutenibilidade do código. O uso correto dos métodos aumenta a clareza do código e facilita a vida de quem dá manutenção. Além disso, nem todos os servidores ou frameworks tratam PATCH da mesma maneira que PUT. Isso pode causar inconsistências se não houver testes.
Tabela de diferenças adicionais:
Dicas práticas:
- Documente na API REST quando usar PUT ou PATCH para evitar mal-entendidos.
- Combine PATCH com middleware de validação para garantir segurança dos dados.
- Use logs ou sistemas de auditoria para registrar alterações feitas por PATCH.
Exemplos práticos de uso
PUT – Atualização completa de um perfil:
fetch('/api/usuario/123', {
method: 'PUT',
headers: {
'Content-Type': 'application/json'
},
body: JSON.stringify({
nome: 'Vinicius',
email: 'vinicius@dio.me',
cidade: 'Estrela'
})
});
PATCH – Atualizando somente a cidade:
fetch('/api/usuario/123', {
method: 'PATCH',
headers: {
'Content-Type': 'application/json'
},
body: JSON.stringify({
cidade: 'Porto Alegre'
})
});
Conclusão
Entender as diferenças entre PUT e PATCH vai muito além de escolher um verbo HTTP — trata-se de comunicar corretamente a intenção da alteração, otimizar recursos e garantir a integridade dos dados. Ao fazer essa escolha com consciência, você melhora a eficiência e clareza do seu código, além de promover integrações mais confiáveis entre frontend e backend.
Referências:
LinkedIn : Vinicus "Vinnie" Pereira