Projetos de inclusão da mulher na área de tecnologia
Você já pensou em aprender ou trabalhar com a tecnologia? Está em busca de uma nova carreira profissional? Já imaginou que você pode se qualificar sem precisar pagar nada? Para uma mulher que define como estratégia profissional se inserir no campo tecnológico, muitas vezes é necessário buscar qualificação profissional para que toda a aprendizagem durante as aulas garanta a segurança na execução do código, tag, algoritmo, etc.
No Brasil, com a escassez de profissionais na área de TI, mesmo com os salários atrativos, sobram vagas em várias regiões do país. Ainda assim, houve o surgimento no mercado de escolas tech.
As empresas educacionais oferecem o cursos, com inúmeras formas de pagamento, techs escolas fazem parceria com instituições de RH que garantem ao final do curso que a aluna possa participar de processos seletivos que levem a ter a primeira oportunidade no cenário tecnológico.
As futuras programadoras podem contar com diversas metodologias de ensino que podem optar pelo ensino presencial, EAD, semi presencial.
Trabalho das ONGs e projetos sociais na procura por mulheres techs
Para o público feminino que está sem dinheiro, existem iniciativas de ONGs e projetos sociais que ofertam cursos de formação em uma infinidade de áreas do TI, cursos gratuitos.
Essas iniciativas promovem uma cultura de equidade a fim de promover a igualdade de oportunidades a todas. Os cursos abrem os seus editais com as matrículas limitadas para determinadas especialidades. Na inscrição, outro processo de inclusão ocorre com o público LGBTQIA + (lésbicas, mulheres trans, travestis).
O curso de tecnologia é disponibilizado às mulheres em diversas áreas de TI, podemos citar armazenamento em nuvem, banco de dados, programação de jogos, programação de front-end, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, entre outros.
No presente artigo serão apresentadas belas iniciativas que são um convite à mulheres que queiram fazer transição de carreira, desempregadas, donas de casas que desejam voltar ao mercado de trabalho e/ou estudantes de graduação que visam a conquistar um bom estágio no final do curso.
O formato das aulas varia de um projeto para outro, geralmente são em formato online com aulas ao vivo ou gravadas.
As características desses cursos promovidos por entidades sem fins lucrativos, estão na qualidade da construção dos currículos de ensino, nas mesas de discussões falando da importância da participação da mulher no desenvolvimento do trabalho tecnológico, atuando no engajamento, mostrando onde a mulher com a força de vontade pode chegar. Além de estudar com mulheres mentoras experientes que sabem o que o mercado exige.
Projetos sociais e as futuras profissionais na tecnologia
O universo feminino é permeado pelos sonhos como maternidade, faculdade, além de um grande desejo em especial, além ter uma carreira profissional consolidada.
Em qualquer classe social os sonhos são semelhantes e o mais gratificante é que existem empresas, comunidades, ONGs que olham para equidade social como uma ponte do pensamento, além de possibilitar meios para que as mulheres possam chegar onde desejam.
Muitas mulheres escolhem a tecnologia por ser uma maneira de satisfazer anseios financeiros e de mostrar a sua autenticidade em trabalhar como líder e ser responsável pelo sucesso da empresa.
Vamos conhecer alguns projetos, empresas e comunidades techs que vão te conduzir ao mercado de trabalho.
Infopreta
Atuando há 10 anos, a instituição tem como papel social inserir o público negro, LGBTQIA+ e mulheres no ambiente tecnológico. A Infopreta atua fazendo serviços de manutenção de equipamentos (hardware e software).
Outros serviços oferecidos pela instituição são as consultorias para empresas, focando no quesito ético racial, tendo como abordagem a diversidade, a mulher no ramo da TI, além de transmitir a mensagem de equidade através das palestras e cursos tech.
Infopreta reconhece o papel crucial da inclusão do povo negro na tecnologia, mas sempre afirma que o talento é algo que faz parte dos seres humanos no geral. Ele está vivo nas culturas, nas classes sociais, nas cores do povo.
O engajamento da Infopreta preta faz parte da doação de computadores para que cursos sejam oferecidos para população mais carente, além de possibilitar a disponibilidade de materiais para a construção das salas de ensino onde serão ministrados conteúdos sobre assuntos relacionados a recursos de áudio e vídeo.
Além disso, a Infopreta se responsabiliza pelo recolhimento do lixo eletrônico que iria ser descartado de forma incorreta, por fim, a empresa também é responsável por implantar gibitecas e bibliotecas nas favelas.
Wormorkers Code
A Wormorkers Code tem como função primordial a inclusão de mulheres que possam exercer a atividade profissional no ramo da tecnologia, além de afirmar o compromisso de que as mulheres precisam enxergar o seu espaço, buscando o protagonismo nas empresas onde trabalharão.
O programa surgiu em 2015, com ações que possibilitaram a qualificação, com feiras voltadas para divulgação de vagas de empregos no setor de TI, bootcamps e materiais, entre outros.
Wormorkers foca na produção de conteúdo para convidar as mulheres a entrarem no mundo da tecnologia e mostra como pode ser atrativo desenvolver atividades profissionais no campo tech. A Wormorkers também é considerada uma referência quando o assunto é ajudar o público feminino a construir uma história de sucesso no âmbito da TI.
Mulheres de Produto
Possuem 8 mil mulheres que buscam na tecnologia um bom caminho profissional. As mulheres que se identificam com o universo tech estão, de fato, na comunidade certa.
A missão do programa é fazer com que a mulher exerça a transformação social através da união feminina.
Os recursos didáticos utilizados para formação das meninas são os cursos, fórum para troca de informações e as mentoras (trabalho é feito de forma voluntária pelas integrantes do projeto).
As mulheres de Produto usam essa oportunidade para divulgar ações nas redes sociais e Slack, produzindo conteúdos que mostram os cursos e assuntos de tecnologia que possam interessar outras mulheres.
{Elas} Programam-
O projeto tem como lema a inclusão de mulheres no setor de tecnologia. {Elas} Programam- é uma empresa de consultoria que tem como CEO a Silvia Coelho. O objetivo está em desenvolver e repassar a qualificação necessária pelo curso de programação para que as estudantes obtenham o conhecimento de front-end e back-end e estejam preparadas para exercer as atribuições no ambiente de trabalho.
Existe o ativismo feminino que valoriza a importância da mulher nos espaços tecnológicos. Os trabalhos começam com a formação do curso, aplicação do curso e no final ocorre o processo de recrutamento, as participantes do {Elas} Programam- observam os novos talentos que podem ser aproveitados por empresas que apoiam o projeto.
Programaria
Surgiu de um grupo de mulheres que tinham a vontade de trazer mais público feminino para trabalhar no setor de TI. Programaria tem a missão de promover debates sobre inclusão de mulheres.
{Reprogramar}
Reprogramar foi fundado em 2016, não possui fins lucrativos e sua missão tem como objetivo a inclusão de mulheres na área da computação, promovendo os cursos que trabalham a aprendizagem no ensino da programação.
Quando o curso termina, as meninas participam de rodas de contratação. O projeto traz profissionais do RH das empresas, que é denominado de Seed Herring.
Educatransforma
Foco do projeto é trabalhar com pessoas trans que queiram atuar no âmbito da tecnologia. As ações são simples e começam com oferta de cursos de programação. O curso é realizado e no final as empresas contratantes que aproveitam o projeto escolhemos alunos ou alunas que conseguiram se destacar durante o curso.
Considerações finais
A tecnologia abre caminho para as mudanças que partem da concepção do que é ser mulher, uma figura humana capaz de transformar sonhos em realidade.
A resiliência é um sentimento comum da mulher que não desiste dos objetivos, que possui resistência e determinação para não abandonar projetos quando o código não rodar, a imagem não aparecer no documento HTML. Ela nunca vai desistir. A persistência é o que molda as experiências de quem quer viver atuando nos setores mais variados da tecnologia.
As iniciativas apresentadas mostram como existe uma sociedade atuante politicamente consciente de que as mulheres são peças fundamentais para o desenvolvimento das ciências, das artes, do trabalho com a tecnologia.