O que as empresas realmente procuram?
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Encontrando Sentido na (Caótica) Busca por Oportunidades de Trabalho nos Dias de Hoje
Atualmente, tenho me deparado com uma crescente alta de vagas, mas, paradoxalmente, os processos seletivos parecem cada vez mais longos e concorridos. São seleções quase intermináveis, muitas vezes inconclusivas.
Se você já se deparou com uma candidatura de 10 etapas, concorrendo com mais de 1000 candidatos em apenas uma hora de postagem, seja bem-vindo ao mundo atual da busca por uma oportunidade de trabalho.
Hoje em dia, é muito comum entrarmos em vagas no LinkedIn e encontrarmos requisitos absurdos: mais de 2 anos (ou muito mais) de experiência para uma vaga que, legalmente, deveria exigir um mínimo. Pois é, você sabia que isso é limitado por lei?
Isso está definido no Artigo 442-A da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que diz:
"Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade."
Esta lei (nº 11.644, de 2008) foi criada justamente para facilitar a entrada de jovens e pessoas em transição de carreira no mercado de trabalho. A lei existe, mas a forma como as empresas a contornam é o que gera a confusão.
O Desafio: As "Exceções" na Prática
Então, por que vemos vagas pedindo 2, 3 ou 5 anos de experiência, se é ilegal? A resposta é que as empresas usam duas "brechas" principais:
1. A Brecha das "Habilidades" (A mais comum) A lei proíbe exigir tempo de experiência, mas não proíbe exigir habilidades, conhecimentos ou ferramentas específicas. É aqui que está o "truque".
- Ilegal: "Vaga para Programador Java. Requisito: 2 anos de experiência."
- Legal (e o que fazem): "Vaga para Programador Java. Requisitos: 6 meses de experiência E conhecimento avançado em Spring Boot, Microsserviços, AWS, Docker e Kubernetes."
Ao listar um conjunto de ferramentas complexas, a empresa filtra por um profissional sênior, mesmo que o requisito de "tempo" esteja dentro da lei. Ninguém aprende tudo isso em 6 meses.
2. A Brecha do "Tipo de Contrato" A CLT regula vagas formais (carteira assinada). A lei não se aplica tão rigidamente a outros formatos, como:
- Contratação de Pessoa Jurídica (PJ / MEI);
- Contratação de trabalhadores autônomos.
Nesses casos, a relação é de "prestação de serviço", e os requisitos são mais flexíveis.
Encontrando uma Solução: Preparando-se para o Desafio
Apesar dessa situação, que pode prejudicar muito o candidato, o que é recomendado para contornar esse cenário? A melhor opção é se preparar estrategicamente para a vaga:
- Preparar um bom currículo, formatado especificamente para a vaga em questão.
- Estudar processos seletivos para se dar bem na entrevista, fit cultural e dinâmicas de grupo.
- Construir um portfólio rico que demonstre suas habilidades (por exemplo, os BootCamps da DIO preparam muito bem, trazendo conhecimentos e projetos).
- Adquirir as habilidades mais pedidas nas vagas para as quais você tem se candidatado, desde Soft Skills até Hard Skills.
Finalizando
Dessa forma, mesmo que você possua as habilidades, mas elas estejam mal valorizadas no seu currículo, a preparação correta aumentará suas chances de ser chamado.
Você estará pronto para perguntas e situações que surpreenderiam outros candidatos e, com certeza, estará à frente da maioria que não se preparou para aquela fase.
Dica Bônus
Ah, e fica uma dica aqui: Essa semana comecei a estudar o "Atalho Secreto", que é um curso dentro da própria DIO. A ideia é preparar o aluno para cada uma dessas etapas.
Estou no início ainda, porém acredito ser uma das formas de conseguir me destacar nesse mercado tão competitivo. Ainda não tenho um feedback consolidado, mas convido você a conhecer.




