Mini guia para desbravar o Git & Github
Olá pessoal, desde que comecei minha jornada no mundo da tecnologia, uma das maiores descobertas foi entender que escrever o código é apenas uma parte do processo. A outra — que também é muito importante — é como organizamos esse código. E foi aí que descobri o GIT, que não é só uma ferramenta simples mas um ambiente de versionamento, colaboração e cuidado com o que estamos construindo.
Mas afinal, o que é o GIT?
GIT é um sistema de controle de versão distribuído, criado por Linus Torvalds (o mesmo criador do Linux). Ele permite que os desenvolvedores acompanhem todas as alterações feitas no código-fonte ao longo do tempo, revertam versões anteriores quando necessário, colaborem em equipe sem sobrescrever o trabalho uns dos outros e mantenham a integridade e organização do projeto em qualquer escala. Tudo isso de forma rápida, segura e eficiente.
E onde entra o GitHub nessa história?
O GitHub é uma plataforma baseada na web que utiliza o GIT como sistema de versionamento. Ele funciona como uma rede social para desenvolvedores, permitindo armazenar repositórios na nuvem, colaborar com outras pessoas, revisar códigos, abrir issues, documentar projetos e até mesmo contribuir com software open-source ao redor do mundo. É, sem dúvida, um dos maiores aliados de quem desenvolve — seja em equipe ou individualmente.
Um repositório bem organizado pode ser a diferença entre um projeto que escala e um que se perde na bagunça. Com isso em mente, compartilho aqui cinco boas práticas de organização que aprendi com erros, acertos e muita experimentação.
1. Nomeie seu repositório de acordo com o propósito do seu projeto
Evite nomes genéricos como ”teste”, ”meu-projeto”, ou ”novo-repo”. Escolha algo que represente a essência do projeto. Um nome claro facilita a busca, a identificação e a comunicação com quem for colaborar com você.
- Exemplo bom: dashboard-financeiro-frontend
- Exemplo ruim: projeto-final
2. README precisa ser bem explicativo
O README.md é o primeiro contato de qualquer pessoa com seu projeto, então dedique tempo para explicá-lo bem. Inclua:
- O objetivo do projeto
- Como instalar e rodar localmente;
- Tecnologias utilizadas no projeto;
- Estrutura das pastas;
- Como contribuir (se for open-source)
3. Organização das pastas e arquivos
A estrutura do seu projeto deve ser intuitiva. Padronize onde ficam os componentes, os serviços, os estilos, os testes. Use nomes consistentes e evite colocar tudo na raiz do repositório.
4. Os commits que contam histórias
Escreva mensagens de commit claras e no imperativo, como se estivesse dando um comando:
- Adiciona componente de login
- Corrige bug na função de cadastro
- Remove dependência não utilizada
Evite mensagens como Update, mudanças, ou teste. Seus commits devem contar a história da evolução do projeto.
5. Use branches com estratégia
Mesmo em projetos pequenos, use branches para funcionalidades, correções e melhorias. Isso evita conflitos e mantém a main sempre estável.
Exemplo de branches:
- feature/login-auth
- fix/bug-header
- hotfix/crash-on-load
Com isso, podemos ver que o GIT vai muito além de versionar arquivos. Ele é um reflexo de como pensamos, organizamos e colaboramos. Um repositório bem estruturado transmite profissionalismo, empatia e responsabilidade com o que estamos criando.
Ao aplicar boas práticas, não estamos apenas facilitando a vida dos outros — estamos nos tornando melhores desenvolvedores, mais conscientes do impacto que nosso trabalho pode ter.
Porque no final das contas, quem cuida do repositório cuida do projeto. 🛠️✨