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Saulo Maciel
Saulo Maciel12/10/2025 00:00
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Linux: Entre a Simplicidade Perdida e a Busca por Performance

  • #Linux

Fala, meus caros, tudo certo? Por aqui, sigo na missão de fazer o bem e explorar o mundo Linux.

Há algum tempo, venho testando o KDE como ambiente gráfico e percebi que o Linux, em muitos casos, deixou de lado a simplicidade nas interfaces para priorizar poder de computação. O resultado? Interfaces mega elaboradas que, por mais bonitas que sejam, podem pesar no sistema.

Recentemente, usei o Ubuntu com configurações otimizadas de TLP e removi o gerenciador de Snap, adotando apenas o software Warehouse (disponível no Flathub), que, aliás, é excelente. Acho que distros focadas em Flatpaks poderiam adotá-lo como loja de aplicativos padrão. Mesmo assim, o consumo de recursos, especialmente da bateria, foi maior do que quando usei o KDE Neon ou o BigLinux no último mês, algo que atribuo ao ambiente gráfico Gnome.

Falando do BigLinux, ele é realmente muito bom (tem uma resenha minha aqui). O único problema é que, por ser rolling release, esqueci de atualizar o sistema e acabei enfrentando problemas com arquivos novos. Como sou um pouco teimoso, em vez de corrigir, preferi trocar de distro.https://web.dio.me/articles/big-linux-realmente-um-grande-sistema-327e9e2d0612?back=/articles

Foi aí que testei o KDE Neon. Fiquei surpreso com a iniciativa do projeto KDE de ter sua própria distro. Com apenas 2,5 GB, ela é rápida, completa e empatou com o BigLinux no meu ranking de distros favoritas. No entanto, ao tentar remover o Discover para usar apenas Flatpaks, quebrei o sistema — descobri que o Discover é o coração do KDE Neon, e eu não curtia depender dele.

Como diria Brás Cubas, com ideias cabriolantes dançando na mente, comecei a imaginar se existiria uma distro Linux com KDE, baseada em Debian, que não dependesse do Discover, usasse apenas Flatpaks e consumisse poucos recursos. Foi quando conversei com o Grok, a IA da xAI, que me apresentou o SparkyLinux.

Instalei o SparkyLinux, testei e estou gostando bastante. Uso apenas o Warehouse para gerenciar softwares, e o sistema é bem leve, consumindo poucos recursos.

Essa experiência me fez refletir: o Linux parece ter abandonado a simplicidade gráfica em favor de interfaces sofisticadas. Claro, usuários comuns adoram ícones bonitos e layouts atrativos, mas será que o Linux foi feito para isso? Acredito que o foco deveria ser menos nas interfaces e mais na performance. Talvez seja a idade falando, mas já não consigo acompanhar as gírias dos adolescentes, quem dirá navegar pela internet dos jovens de hoje.

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Comentários (2)
DIO Community
DIO Community - 13/10/2025 10:46

Excelente, Saulo! Que artigo incrível e super sincero sobre sua jornada com o Linux! É fascinante ver como você, com uma mentalidade de engenheiro, busca constantemente o equilíbrio entre Simplicidade (KDE Neon) e Performance (TLP/sem Snap), evitando o que chama de interfaces "mega elaboradas" que pesam no sistema.

Sua reflexão de que o Linux parece ter abandonado a simplicidade gráfica em favor de interfaces sofisticadas toca em um dilema real: a competição entre UX (Experiência do Usuário) atraente e Eficiência de Recurso.

Qual você diria que é o maior desafio para um desenvolvedor ao migrar uma aplicação monolítica para uma arquitetura de microsserviços, em termos de gerenciamento da comunicação entre os serviços e de distribuição da lógica de negócio, em vez de apenas focar em custos?

Rafael Cruz
Rafael Cruz - 12/10/2025 00:21

Utilizo o Xubuntu, bem leve também, já uso há muitos anos e me atende muito bem. Também não tem nada de apelo gráfico.