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João Matos
João Matos09/04/2025 12:15
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GIT: A Ponte invisível entre a ideia e a inovação

  • #GitHub
  • #Git

GIT: A Ponte Invisível entre a Ideia e a Inovação

Sabe quando você tem uma ideia genial, mas no caminho até ela virar algo real… tudo vira caos?

📁 Um arquivo some

🧪 Outro quebra

👻 Alguém mexe sem avisar

🤷 E no fim ninguém sabe mais o que aconteceu...

É aí que entra o Git.

Ele não é só uma ferramenta pra desenvolvedores experientes. É um sistema de organização que qualquer pessoa criativa pode usar pra testar ideias, controlar versões e colaborar em projetos sem perder o fio da meada.

Minha história (e talvez a sua também)

Quando comecei minha transição de carreira para o desenvolvimento, tudo era novo: lógica, código e mais código... o tal do GIT/GITHUB "é tudo igual ? java, javascript?!"

Achei que só aprender a programar bastava. Mas entendi rápido que trabalhar com tecnologia envolve também organização, processos e colaboração.

Foi aí que o Git deixou de parecer um bicho de sete cabeças e começou a fazer sentido.

Pensar visualmente e executar tecnicamente.

A jornada de um produto começa no entendimento de um problema e, frequentemente, termina em linhas de código que ninguém vê . A magia do Git está em permitir que ideias visuais, decisões estratégicas e execuções técnicas possam coexistir sem colidir.​

Quando um desenvolvedor está criando uma nova funcionalidade e, ao mesmo tempo, alguém resolve refatorar o CSS do botão principal, é o Git que garante que tudo isso não vire um pesadelo para o usuário final.​

Como designer que também está no VS Code, já perdi horas preciosas tentando entender “onde foi parar aquele arquivo?” ou “por que o layout que aprovei está quebrado agora?”. O Git ensina humildade: mostra que criatividade sem versionamento é só caos com glitter.

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Branches são como rascunhos

No Git, você pode criar uma branch (ramo) pra testar ideias sem bagunçar o projeto principal.

É como salvar uma cópia do arquivo antes de experimentar algo novo, lembra disso?

final.ai, final2.ai, agoraVai_final_FINAL.ai...

Com Git, isso vira:

bash

git checkout -b nova-ideia

Quando tudo estiver funcionando, você junta com a versão principal:

bash

git merge nova-ideia

Errar, testar, voltar atrás... faz parte.

E com Git, você pode fazer isso com segurança e sem duplicar arquivos à toa.

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Git ≠ GitHub

  • Git: controla versões localmente (no seu computador).
  • GitHub: plataforma online pra publicar, revisar e colaborar.

Ou seja: dá pra usar Git sem GitHub, mas juntos eles são uma dupla poderosa, principalmente em times.

Pra quem tá começando…

Se você tá começando na área de programação ou vindo do design, como eu, talvez o GIT pareça algo distante, cheio de comandos esquisitos e difícil de entender. Mas, aos poucos, você percebe que ele é muito mais que uma ferramenta técnica. O GIT é uma ponte invisível, um elo entre duas pontas muito importantes: a ideia e a inovação.

Mas o que isso quer dizer?

💡 A ideia é o primeiro passo. É aquela faísca que nasce quando você pensa: “e se…?”. Pode ser um botão diferente, uma nova funcionalidade, uma melhoria de experiência, um layout ousado.

🚀 A inovação é quando essa ideia deixa de ser apenas um rascunho mental e ganha vida real. Quando ela funciona de verdade, impacta o usuário final e resolve um problema. A inovação é a ideia testada, validada e colocada em produção.

E o que conecta esses dois mundos?

É aí que o GIT entra como protagonista. Ele permite que a gente registre cada passo dessa jornada, da experimentação ao acerto. Ele nos dá segurança pra errar, voltar atrás, comparar versões, colaborar com outras pessoas e evoluir juntos.

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Como começar a usar Git

O que é Git?

Pensa no Git como uma máquina do tempo do seu projeto. Ele guarda cada mudança que você faz e te permite voltar no tempo se algo der errado.

Como se fosse um “Ctrl + Z” turbinado.

📁 Iniciando seu repositório
O que é um repositório?
É uma pasta do seu projeto que o Git vai começar a cuidar.
  • 1. Crie o repositório
bash

git init
Isso diz: Ei Git, comece a observar essa pasta.
➕ Adicionando arquivos
  • 2. Adicione os arquivos que você quer salvar
bash

git add .
Significa “tudo que tem aqui”. Você está colocando tudo na “fila de salvar”.
💾 Salvando com um nome
  • 3. Salve as mudanças com uma mensagem
bash

git commit -m "minha primeira versão"
O “commit” é tipo dar um nome pra uma nova versão. A mensagem é pra você lembrar o que mudou.
😱Terminal parece assustador?!

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Você pode usar interfaces visuais:

  • Git Hub Desktop
  • VS Code com a extensão GitLens

Branches: tipo salvar como outro arquivo

Sabe quando você duplica um arquivo em qualquer programa de edição e chama de:

cpp

final
final-2
final-3
agora-vai-final
asdsadasd

No Git, isso se chama branch. Você cria uma nova linha de trabalho sem mexer na principal (main).

bash

git checkout -b nova-ideia

Depois, se der tudo certo, você junta com o projeto principal:

bash

git merge nova-ideia
E quando dá erro? (Conflito de merge)

Quando dois arquivos mudam ao mesmo tempo, o Git fica confuso:

“Qual versão eu uso???”

Aí você tem que escolher manualmente. Parece difícil no começo, mas com prática fica fácil.

Dicas que ajudam demais

  • Dê nomes claros pros commits:
  • ajusta botão no mobile, cria formulário de contato
  • Nomeie bem as branches:
  • feature/cadastro, fix/menu-mobile
  • Use .gitignore pra não subir coisas inúteis (tipo .DS_Store, pastas node_modules)
  • Crie um README.md explicando o que é o projeto, como rodar e por quê você criou.

Git é sobre autonomia criativa

Ele te dá controle, segurança e liberdade pra:

  • Criar versões
  • Testar ideias
  • Voltar atrás
  • Colaborar com outras pessoas

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GLOSSÁRIO BÁSICO DO GIT

  • Git: Ferramenta que registra o histórico do seu projeto. Um "Ctrl+Z" evoluído.
  • GitHub: Plataforma online para salvar, compartilhar e colaborar em projetos que usam Git.
  • Repositório (repo): A pasta do seu projeto que o Git vai monitorar.
  • git init: Inicia um repositório Git na pasta atual.
  • git add: Adiciona arquivos para entrarem no próximo commit.
  • git commit: Salva uma nova versão do projeto, com uma descrição do que mudou.
  • commit: Cada ponto de salvamento com histórico — tipo "versões do seu projeto".
  • git commit -m "mensagem": Faz o commit com uma mensagem descritiva (ex: git commit -m "ajusta botão").
  • branch: Uma linha paralela de desenvolvimento — como duplicar o arquivo para testar uma ideia.
  • git checkout -b nome-da-branch: Cria uma nova branch e muda para ela.
  • git merge: Junta a branch atual com outra (ex: com a principal main).
  • conflito de merge: Acontece quando duas pessoas (ou branches) mudam a mesma coisa. Você precisa escolher qual versão manter.
  • .gitignore: Arquivo que diz ao Git o que ele deve ignorar (ex: arquivos temporários).
  • README.md: Arquivo com a explicação do projeto: o que é, como usar, por que existe.
  • interface visual: Ferramentas com botões e janelas pra usar Git sem comandos (ex: GitHub Desktop).
  • VS Code: Editor de código que integra bem com Git (com extensões como GitLens).
  • pull request (PR): Pedido para revisar e juntar uma branch com a principal — muito usado em times no GitHub.
Referências

https://dfosco.medium.com/git-para-designers-13fefc637c24

https://www.akitaonrails.com/2020/02/05/akitando-70-entendendo-git-nao-e-um-tutorial

https://www.softwaretestingmaterial.com/git-vs-github/

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Comentários (2)
João Matos
João Matos - 10/04/2025 09:41

Muito obrigado pelo feedback! Fico muito feliz em saber que o conteúdo foi útil e conseguiu passar a importância do Git de forma clara, principalmente para quem está começando. Apesar de ainda estar no início da minha jornada na área de programação, venho da área de design, onde sempre trabalhei com organização de projetos, prazos e colaboração em equipe. E foi isso que me fez ver o Git e o GitHub como ferramentas que vão além do código.

Em equipes que trabalham à distância, isso faz ainda mais diferença. Com o uso de branches, cada pessoa pode trabalhar em partes diferentes do projeto sem atrapalhar os outros. Já os pull requests servem para revisar o que foi feito antes de juntar com a parte principal, o que ajuda a manter tudo mais claro e com menos erros.

Mesmo começando agora na programação, vejo como o Git e o GitHub se conectam com outras ferramentas que já uso no dia a dia, como Trello e Slack. Todas elas ajudam a manter a equipe alinhada, com as informações organizadas e o trabalho mais fluido. O histórico de versões no Git mostra tudo o que foi feito, por quem e quando. Isso é ótimo para entender mudanças e tomar decisões com mais segurança. Além disso, o GitHub tem recursos como Issues e Projects que ajudam a organizar tarefas, acompanhar o que está em andamento e automatizar processos.

No fim, usar essas ferramentas é uma forma de pensar em equipe, com mais organização, clareza e colaboração. Isso é algo que já trago comigo da minha experiência como designer e que acredito ser um ponto forte, mesmo começando agora na área de desenvolvimento.

DIO Community
DIO Community - 09/04/2025 15:04

João, seu artigo sobre Git e a forma como ele pode transformar a gestão do código foi sensacional! A analogia com as branches sendo como “rascunhos” e a explicação sobre como elas ajudam a testar novas ideias sem bagunçar o projeto principal foi excelente. Além disso, o foco na utilização de Git como uma ferramenta essencial para manter a organização e a criatividade no desenvolvimento foi muito pertinente, especialmente para quem está iniciando na área.

Na DIO, também enfatizamos muito a importância de boas práticas de versionamento e como o Git facilita a colaboração, mantendo o histórico de código limpo e organizado, o que é crucial para o sucesso de projetos em equipe. Além disso, incentivamos o uso de GitHub para colaborar de forma ainda mais eficaz, seja para trabalhar em projetos open source ou em desenvolvimentos mais complexos.

Gostaria de saber sua opinião: como você vê o impacto da utilização de Git e GitHub na colaboração entre equipes distribuídas, especialmente em termos de fluxos de trabalho e gestão de versões em tempo real?