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Maxuel Araújo
Maxuel Araújo19/12/2025 12:49
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Falsa Investigação Bancária: Eles vão roubar o seu dinheiro

    Com o avanço da digitalização dos serviços financeiros, golpes envolvendo engenharia social se tornaram cada vez mais sofisticados. Um dos mais recorrentes atualmente é o da falsa ligação bancária, também conhecido como scam call ou bank impersonation scam.

    Nesse golpe, criminosos entram em contato com a vítima fingindo ser representantes do banco, utilizando informações pessoais reais para ganhar credibilidade e induzir a transferência de dinheiro para uma suposta “conta segura”.

    Este artigo explica como o golpe funciona, por que ele é eficaz e quais medidas práticas podem evitar prejuízos financeiros.

    Como funciona o golpe da falsa ligação do banco

    O golpe geralmente começa com uma ligação telefônica aparentemente legítima. Do outro lado da linha, a pessoa demonstra segurança, conhece dados sensíveis da vítima — como nome completo, CPF, agência bancária ou até transações recentes — e afirma algo semelhante a:

    “Sua agência está sendo investigada, mas seus dados estão seguros.”
    “Para proteger seus valores, precisamos que você transfira o dinheiro para uma conta temporária.”

    Essas informações não são obtidas por acaso. Dados pessoais frequentemente circulam em mercados ilegais após vazamentos, permitindo que golpistas construam narrativas convincentes.

    A chamada “conta segura” não existe. Trata-se de uma conta laranja, usada exclusivamente para pulverizar os valores rapidamente, dificultando qualquer tentativa de bloqueio ou recuperação.

    O que dizem as autoridades e fontes oficiais

    Órgãos internacionais de proteção ao consumidor são categóricos:

    nenhum banco legítimo solicita transferências de dinheiro por telefone para fins de segurança.

    O Federal Trade Commission (FTC), principal órgão de defesa do consumidor nos Estados Unidos, alerta de forma direta:

    “Never move your money to ‘protect it’. Anyone who tells you to do that is a scammer.”
    (“Nunca mova seu dinheiro para ‘protegê-lo’. Quem pede isso é um golpista.”)

    Além disso, organizações de combate a fraudes destacam que criminosos utilizam técnicas como spoofing, que fazem a ligação parecer originada de um número real do banco, aumentando a sensação de urgência e autoridade.

    Por que esse golpe continua funcionando?

    Esse tipo de fraude explora três gatilhos psicológicos principais:

    • Autoridade: o golpista se apresenta como banco ou setor de segurança.
    • Urgência: a vítima é levada a agir rapidamente.
    • Medo: o risco de perder dinheiro reduz o pensamento crítico.

    A combinação desses fatores faz com que até pessoas experientes tomem decisões precipitadas.

    Como evitar cair nesse tipo de golpe

    Algumas práticas simples reduzem drasticamente o risco:

    • ❌ Nunca transfira dinheiro após receber ligações, mensagens ou e-mails.
    • ❌ Nunca informe senhas, códigos de verificação ou tokens.
    • 📞 Desligue a chamada e ligue você mesmo para o número oficial do banco (cartão, aplicativo ou site).
    • ⏸️ Não tome decisões sob pressão — bancos não exigem ações imediatas por telefone.

    Se houver qualquer suspeita real, a comunicação sempre estará disponível nos canais oficiais, sem urgência artificial.

    Golpes financeiros baseados em engenharia social continuam evoluindo, mas a regra permanece simples:

    👉 bancos nunca pedem transferências para proteger seu dinheiro.

    Informação é uma das formas mais eficazes de prevenção. Compartilhar esse conhecimento pode evitar prejuízos financeiros e proteger outras pessoas.

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