faculdade não vale a pena?
Vendedores de curso de t.i vive falando que faculdade não vale a pena até onde isso e verdade?
Vendedores de curso de t.i vive falando que faculdade não vale a pena até onde isso e verdade?
Bem... Isso é uma verdade e não há como negar. O problema começa quando utilizam esse discurso para vender a ideia de que fazendo um curso de 100 horas ou algo parecido vai lhe deixar preparado para o mercado de trabalho, o que não vemos acontecendo por aí.
Eu conheço várias pessoas que se formaram em IF's de TI e outras que estão cursando ADS e sabem muito menos que uma pessoa que faz um curso online na Dio ou outras plataformas similares, mas isso invalida o ensino da faculdade ?
Eu acredito que o melhor caminho para o profissional de TI é um curso online. Depois que ele estiver dominando alguma coisa e quiser enriquecer o seu currículo ou abrir a mente para novas perspectivas é bastante válido fazer uma faculdade por exemplo: processamento de dados. Curso online nenhum vai proporcionar o que um ambiente acadêmico sério oferece.
MC
Olá Michael, vou dar meu depoimento, mas entenda que toda opinião é sempre um reflexo da vivência de cada um. O ideal é você avaliar sua situação atual e aonde você quer chegar para tomar uma decisão coerente. Nenhuma experiência alheia tem o poder de mostrar o caminho para outras pessoas.
Antes dos anos 1990, não havia cursos ou eles eram muito caros para pessoas pobres. Algo como a DIO, nem pensar. Livros eram caros e, normalmente, mal traduzidos (o que só entendi muito tempo depois). Além disso, pouquíssimas bibliotecas tinham literatura da área disponível, mesmo numa das principais capitais do país. E não tínhamos virtualização e nem dinheiro para testar coisas. Na maioria das vezes, era só "fé" e os testes eram "mentais".
Profissionalmente, eu comecei em TI no início dos anos 90 como programador. Busquei informação dos softwares que utilizei, fossem linguagens de programação ou sistemas operacionais, diretamente dos fornecedores. Por sorte, quase todos os lugares em que trabalhei, a documentação era fornecida junto com o software e era impressa.
Eu entrei na primeira faculdade em 1990. Era uma faculdade particular, mas era bem cotada, apesar do ser conhecida por formar pessoas para outra área. O advento da computação gerou várias tentativas de monetizar para as instituições de ensino. Pipocaram cursos em tudo quanto é lugar, mas quase todos de baixa qualidade. Como o que ensinavam nessa faculdade era muito menos do que eu aprendi sozinho eu acabei abandonando, pois eu sabia mais que os professores em relação a TIC. Depois entrei em mais três universidades e aconteceu a mesma coisa. No fim, decidi não cursar mais a universidade, pois podia aprender sozinho, se tivesse o material correto e um plano de estudo. Afinal, não cobravam "canudo" para trabalhar com TIC.
Num dos últimos empregos que tive, eu fui forçado a me tornar Gerente de TIC de uma empresa com boa presença na Internet. Eu "fui forçado" pelas circunstâncias, já que, ou aceitava ou seria demitido e eu nunca vislumbrei essa possibilidade; não tinha me planejado para algo assim. O produto era muito inovador e nós estávamos "namorando" com virtualização. Já trabalhávamos com Hosting e Co-Location há algum tempo. Não havia uma AWS e Cloud era algo muito incipiente, ao menos no Brasil. Nessa época eu já não trabalhava diretamente com programação, mas com infraestrutura e segurança de redes. Hoje em dia eu teria um título parecido com Engenheiro/Arquiteto de Infraestrutura, ou DevSecOps, ou algo assim.
Em 2010, quando abandonei a área de TIC, eu ainda não tinha terminado um curso superior. Ainda estava responsável pela área de TIC da empresa e a pressão por não ter um diploma de curso superior com várias pessoas formadas subordinadas a mim começou a se tornar um problema. Inclusive quando tinha que discutir algum assunto técnico com pessoas de TIC de outras empresas. O problema não era a falta de conhecimento, mas a falta de um título, de certificações, isto é, de reconhecimento formal. Mesmo na Internet há anos, a empresa não teve nenhum incidente de segurança e nossos servidores só paravam por falta de comunicação entre a equipe de Infra e a de Dev. Dev sempre teve mais importância naquela época, em quase todas as empresas e a preocupação com segurança e customização era praticamente ZERO.
Em 2010 eu decidi iniciar um curso e terminá-lo, por isso escolhi uma outra área, mas de igual complexidade. Fiz isso porque não queria abandonar o curso mais uma vez por não estar aprendendo nada novo. Pela minha idade e experiência, eu já deveria ter entendido que não deveria me preocupar com isso e que deveria somente terminar o curso, independente de qualquer coisa, mas ainda era muito idealista (talvez fosse fruto do alto grau de perfeccionismo que sempre carreguei).
Se eu fosse dar um conselho para mim, no passado, seria o seguinte: 1) Faça a faculdade, qualquer que seja, na sua área de trabalho; 2) Busque uma (ou várias) pós-graduções para se especializar em uma ou mais subáreas; 3) Se não quer ser professor, fuja das strictu senso; 4) Escolha uma ou duas certificações que geram dinheiro para você (mensalmente separe dinheiro para pagar os exames) e faça os exames de certificação; 4) Aprenda sobre investimento o quanto antes e separe 20% do que ganha, quanto antes, melhor.
Eu decidir não fazer faculdade e não tirar certificações, afinal, conheci diversas pessoas, inclusive subordinados, que tinham tudo isso e não sabiam "metade do que eu sabia" (essa é uma expressão idiomática e não reflete uma mensuração formal). Achei que o conhecimento seria suficiente, mas não é. Vivemos num mundo em que aparências valem mais do que fatos; e isso está piorando (só ver a guerra cultural ao nosso redor). Apesar disso, eu me mantive com a cabeça acima da água até hoje. Não me leve a mal, eu não me arrependo de nenhuma decisão que tomei, mas se há espaço para melhorar, por que não melhorar? Hoje eu sigo os conselhos que daria para o meu eu mais jovem, exceto pelo das certificações, já que não estou trabalhando na área.
A ideia central disso tudo é que ninguém consegue viver plenamente sem fazer parte de um grupo. Se o grupo vai numa direção, a pessoa deve fazer o mínimo para pertencer àquele grupo. Isto é, se o grupo valoriza diploma de curso superior e certificações, então a pessoa deve fazer isso para manter o pertencimento. E pertencimento significa oportunidades (que as pessoas chamam, de modo esquisito, de networking). Quando você não precisar mais do grupo (aposentadoria ou morte, por exemplo), aí pode fazer o que quiser.
Espero que esse relato possa ajudá-lo de alguma forma. Boa sorte!
JL
Se você consegue provar que sabe o que diz saber, e apresenta as certificações necessárias, até pode disputar algo com quem tem curso superior. Mas não caia nesse conto de um diploma não faz nenhuma diferença.
Isso é papo de vendedor de curso.
Além do mais, faculdade não é só diploma. O mundo de qualquer aspirante a profissional se abre muito quando se cursa o ensino superior. Coisas da área, que você nem imagina que existia, podem até mudar sua visão sobre a carreira que deseja seguir.
A faculdade pode dar um direcionamento em alguns casos, e também ajuda na questão de conseguir estágio em empresas e depois ser efetivado. Muitas usam esses métodos para contratar.
Verdade o faz a diferença é o conhecimento pode ter mil diplomas mas se não sabe nada não da
ll
É verdade que ter um diploma de faculdade não é necessariamente garantia de sucesso na carreira de TI, já que o mercado valoriza muito mais as habilidades práticas do que as teóricas.
No entanto, a formação acadêmica pode trazer uma base sólida de conhecimento e habilidades importantes que não são tão fáceis de adquirir em treinamentos e cursos específicos, além de ser um diferencial para cargos mais altos e mais técnicos.
Não é necessário para conseguir um emprego na área de TI , se você é programador e tem domínio na linguagem da sua escolha você consegue um emprego mas faculdade ajuda bastante, a conseguir um emprego melhor, salário melhor e também mais conhecimento. Se puder, faça uma faculdade.
Abraço!