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Fabio Dorneles
Fabio Dorneles19/01/2024 14:49
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Lançou mais outra versão! E agora!?

  • #React
  • #Angular

Em um cenário de rápida evolução tecnológica, a chegada de novas versões em linguagens, frameworks e tecnologias frequentemente provoca uma sensação de urgência para adaptação imediata. No entanto, é crucial compreender que o desenvolvimento estratégico vai muito além de simplesmente seguir a última versão disponível.

Em vez de concentrar-se exclusivamente nas atualizações mais recentes, é comum entre os iniciantes abandonar o estudo das versões mais antigas, resultando em lacunas técnicas crescentes em seu conhecimento. Isso ocorre frequentemente ao pular de versão cada vez que algo novo é lançado. Por exemplo, imagine que Joãozinho está estudando Angular 8 e descobre um curso de Angular 14. Ele abandona a versão 8 para seguir a 14 e, posteriormente, encontra outro curso com Angular 17, abandonando o 14 para adotar o 17. Joãozinho acaba não compreendendo completamente as versões 8, 14 e, consequentemente, enfrenta dificuldades ao tentar entender a versão 17. Os conceitos principais do framework, tratados no primeiro curso na versão 8, ficam em grande parte desconhecidos. Estudar um framework em uma determinada versão não é um compromisso eterno; é possível concluir uma versão e, em seguida, migrar para a próxima, assim como ocorre com séries e suas temporadas. A evolução acontece a cada temporada sem abandonar o que foi aprendido nas temporadas anteriores. Adotar uma abordagem estratégica é essencial. Compreendemos que versões anteriores ainda desempenham um papel vital em diversas aplicações; muitas empresas e sistemas ainda operam com versões não atualizadas, como é comum no desenvolvimento Java em sistemas legados. A transição não precisa ser apressada. Desenvolver com base na versão atual proporciona estabilidade e continuidade para projetos em andamento, garantindo segurança. No entanto, essa abordagem deve ser adotada com responsabilidade, não apenas no uso da tecnologia, mas também na gestão do conhecimento técnico.

Entendendo a importância de manter-se atualizado com as inovações tecnológicas, é fundamental incorporar gradualmente novas práticas e recursos em projetos, permitindo uma transição suave e evitando sobrecargas desnecessárias. Isso é válido tanto para sistemas e aplicações quanto para a performance cognitiva e o conhecimento técnico. Não podemos esquecer que um desenvolvedor não é uma máquina. O aprendizado deve ser ajustado de acordo com as capacidades e limites individuais, não apenas com base nas exigências do mercado. É essencial reconhecer os limites humanos em contraste com as capacidades de máquinas e sistemas.

Lembrem-se, o desenvolvimento estratégico é sobre equilíbrio. Não se trata apenas de adotar as últimas versões a qualquer custo, apenas porque é a demanda atual do mercado, mas de construir uma base sólida para suas aplicações.

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