Debugando a Vida e o Código: Aprendi a Programar aos 50 anos
Você já ouviu alguém dizer que "programação é coisa de jovem"? Pois é, eu também. Mas um dia, decidi quebrar esse mito com coragem, curiosidade e café.
Hoje, com 50 anos, aprendi a criar APIs, fazer CRUDs, trabalhar com Java, Spring Boot, testes automatizados e até entender o que significa debugar. Neste artigo, compartilho minha jornada de aprendizado tardio na tecnologia — com erros, acertos e muita superação.
🧭 Por Que Decidi Aprender Programação
Sempre fui curiosa sobre tecnologia, mas por muito tempo achei que não era “minha praia”. Trabalho, rotina, outras prioridades... Até que, em meio à vida corrida, descobri que aprender a programar poderia ser uma forma de me reinventar profissionalmente e mentalmente.
Entrei para minha segunda graduação na Univesp. Descobri o mundo dos bootcamps, entrei para a Turma 12 do Campus Expert da DIO, e mergulhei em um universo que antes parecia inatingível.
🧱 O Começo: Lógica de Programação e os Primeiros Códigos
Meu primeiro programa foi algo simples: verificar se um número era par ou ímpar. Mas para mim, foi como criar um foguete. Entender variáveis, if/else
, loops... tudo parecia um novo idioma. E era mesmo.
Usei o IntelliJ IDEA para escrever meus primeiros códigos em Java. Lembro da emoção de ver a mensagem “número par” aparecer no console. Era como se o computador tivesse conversado comigo pela primeira vez.
🧩 A Jornada com Java e Spring Boot
Aos poucos, fui crescendo. Estudei entidades, relacionamentos com @ManyToOne, controle de endpoints com @RestController, e aprendi a usar ferramentas como Postman para testar minhas APIs.
Criei um sistema de suporte técnico, uma API de partidas de futebol do Brasileirão Série A e implementei funcionalidades como:
- Cadastro e listagem de dados com filtros
- Atualizações e exclusões lógicas
- Testes unitários com JUnit
- Paginação e ordenação
Sim, tudo isso aos 50.
🐞 Debugando a Vida e o Código
A palavra debugar me parecia estranha no começo, mas descobri que era uma metáfora perfeita para a vida: encontrar o erro, entender o motivo e corrigir com calma.
Errar faz parte do processo, tanto no código quanto fora dele. Tive que lidar com exceções, travamentos, erros de lógica e... dúvidas existenciais. Mas a cada erro corrigido, ganhei mais confiança — e um pouco mais de paixão pela programação.
💡 O que Aprendi (e Você Pode Aprender Também)
- Nunca é tarde para começar.
- Erros fazem parte do processo (e ensinam mais que os acertos).
- Você não precisa decorar, mas sim entender.
- Comunidade importa: o apoio de colegas, tutores e outras pessoas como eu fez toda a diferença.
- Programar é como conversar com a máquina — e consigo mesma.
🎯 Dicas Para Quem Quer Começar Depois dos 40, 50 ou Mais
- Comece pequeno: um programa simples já é um grande passo.
- Encontre uma comunidade de apoio (como a DIO).
- Use boas ferramentas: IntelliJ, VS Code, Postman...
- Escolha uma linguagem e foque nela (Java, no meu caso).
- Aprenda errando, mas nunca pare.
💬 Conclusão: Programar é Para Todos
Aos 50, aprendi que a tecnologia não tem idade. Aprendi a criar, testar, refatorar — e principalmente, acreditar em mim. Se você também está se perguntando se é tarde demais, minha resposta é clara: nunca é tarde para aprender, recomeçar e surpreender a si mesmo.
Hoje eu não só programo — eu inspiro.