Thiago Rossi
Thiago Rossi11/07/2025 15:54
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A verdade que ninguém te conta! - (por mais mentes abertas e menos fãboys)

    Bóra para mais uma polêmica!!! =p

    O discurso predominante sobre frameworks no desenvolvimento de software foca em benefícios como produtividade e padronização. No entanto, essa narrativa pode mascarar uma motivação empresarial mais estratégica: a mitigação de riscos associados à alta rotatividade de equipes.

    Frameworks, ao padronizarem o desenvolvimento, criam um ambiente onde o conhecimento se torna menos dependente de indivíduos específicos, facilitando a transição entre desenvolvedores.

    A verdadeira vantagem para as empresas reside na redução das perdas monetárias e de tempo quando um membro chave da equipe sai. Em projetos com código altamente personalizado ou baseado em bibliotecas menos comuns, a saída de um desenvolvedor sênior pode acarretar uma curva de aprendizado íngreme para o substituto, resultando em quedas significativas de produtividade. Frameworks populares, por outro lado, permitem que novos talentos se integrem mais rapidamente, pois já possuem familiaridade com suas estruturas e convenções.

    Essa "gaiola de ouro", como alguns podem ver, não é apenas sobre acelerar o desenvolvimento no dia a dia, mas sim sobre garantir a continuidade operacional do projeto, mesmo com mudanças inevitáveis na composição da equipe. O conhecimento se torna mais facilmente transferível, diminuindo o impacto da saída de talentos e protegendo o investimento da empresa no longo prazo.

    Portanto, a adoção de um framework pode ser vista como uma estratégia de despersonalização do conhecimento, tornando o desenvolvimento mais resiliente à rotatividade do mercado de tecnologia. Não quero aqui desmerecer os benefícios que existem ao adotar um framework, mas sim de reconhecer que eles frequentemente se alinham a uma necessidade corporativa de minimizar vulnerabilidades, rotatividades e consequentemente, potencialmente gerar prejuízos.

    Ao escolher um framework, é crucial ponderar não apenas a velocidade inicial de desenvolvimento, mas também as implicações na liberdade criativa dos desenvolvedores e, mais importante, como essa escolha afeta a capacidade de a empresa gerenciar a rotatividade de forma eficiente, protegendo seus projetos de interrupções significativas.

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